Saúde

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São Domingos engajado na campanha pela doação de órgãos

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ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 30/09/2013

Hoje, 27, é o Dia Nacional do Doador de Órgãos. Para marcar a data, o Hospital São Domingos está realizando a campanha Sua história de vida não acaba aqui!, coordenada pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) da instituição. As atividades foram iniciadas com um ciclo de palestras sobre o tema, que contou com o depoimento de pessoas que passaram pela experiência do transplante. 

A ideia da campanha é, em primeiro plano, informar as pessoas sobre o processo que envolve a doação de órgãos, bem como a importância do ato para salvar vidas. “Todos somos agentes, somos multiplicadores. Portanto, é essencial que sejam desenvolvidas ações informativas, para que as pessoas atuem como multiplicadores”, explica a coordenadora da Central de Transplantes do Maranhão, Silvana Oliveira.

Segundo ela, o Maranhão ainda possui uma fila de espera muito grande para transplantes, com uma tendência de aumento, caso não seja ampliado o número de doadores. “É visível que, hoje, a tecnologia permite que pacientes possam fazer um tratamento mais adequado e aguardem mais tempo até que surja a oportunidade de doação, mas o número de pessoas à espera está se ampliando. Por isso é tão importante que se crie o hábito da doação”, enfatiza a coordenadora. 

Para Rosilda Mendes, coordenadora do CIHDOTT no São Domingos, trabalhar essa temática é sempre um processo delicado, sobretudo quando se trata de pessoas que acabaram de perder um parente. “Não é fácil abordar os familiares. Por essa razão, nós temos sempre a participação de profissionais como psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e médicos, para nos dar suporte e mostrar que pode haver esperança para outras pessoas”, diz a enfermeira, que destaca, ainda, que o auxílio da Central de Transplantes é imprescindível para esse trabalho. 

A psicóloga Josimary Lima, na palestra Comunicação de Má Notícia, também enfocou as dificuldades na abordagem aos familiares, e, em alguns casos, ao próprio paciente. “Para abordar alguém que acabou de perder um parente e explicar a importância da doação, o profissional deve estar preparado para todas as reações de quem vai receber essa notícia, inclusive para uma possível manifestação, no outro, de sua angústia. Os parentes podem transmitir a sua dor em forma de manifestação comportamental de agressividade”, destacou ela. 

Conquista – O evento promovido pela CIHDOTT do São Domingos contou, ainda, com o depoimento de pessoas que passaram pela experiência bem sucedida do transplante de órgãos. Silvana Sartório permaneceu nove anos na dependência da hemodiálise e há três foi submetida a uma cirurgia que deu a ela uma nova vida. “Minha família sofre de uma síndrome que prejudica o funcionamento dos rins. É algo muito difícil, só quem passa por essa situação sabe o sofrimento que é. Perdi três irmãos por conta disso. Graças a Deus, eu estou tendo outro destino”, contou ela. 

Humberto Oliveira teve a sorte de esperar apenas um ano para receber um rim. Após os exames constatarem que apenas 25% do órgão estavam funcionando, ele foi encaminhado ao tratamento e, posteriormente, aos testes de compatibilidade. A doação foi feita pela ex-esposa. “Não houve possibilidade entre familiares, pois há histórico de doenças”, justifica o funcionário público, que destaca ter hoje uma vida mais saudável. “Eu pesava 129 quilos e estava com muitos problemas de saúde. Agora tenho uma alimentação adequada, faço atividades físicas e as restrições impostas pelo transplante são praticamente insignificantes diante dos benefícios”, acrescenta Oliveira.

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