Saúde

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Nutrição em debate durante Outubro Rosa

Até o final deste mês, diversas instituições de saúde estã...
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Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 17/10/2013

Até o final deste mês, diversas instituições de saúde estão promovendo ações que remetem à prevenção, ao tratamento e à recuperação do câncer de mama. Dentre os hospitais com uma programação fixa está o São Domingos, que está realizando um ciclo de palestras e um dos temas abordado essa semana foi a nutrição, que exerce um papel fundamental, por fornecer os nutrientes necessários e indispensáveis para dar suporte ao organismo, que passa a ser exposto a medicamentos fortes, que fazem parte da terapêutica. 

Um dos pontos destacados pelas nutricionistas Rosione Sobrinho e Jacqueline Galvão tem sido a adequação e a individualização nutricional. Segundo elas, um paciente com câncer tende a ter dificuldades para ingerir alimentos. “O tumor quer ocupar todo o organismo e isso se torna mais fácil quando o corpo está carente de nutrientes. Por isso o paciente fica sem fome e, mesmo quando sente vontade de comer, tem dificuldades, pois muitas vezes sente dores”, explicou Rosione Sobrinho. 

Jacqueline Galvão destacou que, para amenizar o desconforto e fazer com que o paciente consuma os nutrientes, a nutrição deve, na medida do possível, adequar a dieta ao paladar. “É o que chamamos de individualização. Não dá para criar um cardápio geral, para pacientes com tantas especificidades”, justifica ela. 

Comodidade x Saúde – Além de abordarem a dieta que a nutrição costuma adotar para pacientes com câncer, as especialistas trataram de alimentos que atuam negativamente, tanto no organismo de quem está doente, quanto no de pessoas saudáveis, neste último caso podendo provocar o surgimento de problemas de saúde e até do câncer. 

Segundo elas, os industrializados, embora ofereçam facilidade, são um risco para quem quer se manter saudável. “Hoje em dia as pessoas tem menos tempo e se podemos fazer algo rapidamente para comer, melhor. Mas isso é um risco, pois alimentos industrializados possuem ingredientes que intoxicam o organismo”, alerta Rosione Sobrinho. 

Outros exemplos de alimentos tóxicos são as frituras. “Há uma produção e acúmulo de groelina. Se consumida constantemente, essa toxina pode provocar uma lesão no estômago e levar ao câncer gástrico”, conta Rosione. Elementos cancerígenos também estão presentes em temperos e condimentos prontos. “São ricos em gorduras trans, daí são consideradas substâncias antinutrientes, ou seja, prejudicam o organismo”, ressalta a nutricionista. 

Para pacientes com câncer, há, ainda, o agravante da dor. Rosione Sobrinho revela que alguns alimentos tem potencialidade de gerar ainda mais desconforto, pois possuem a capacidade de intoxicação do organismo. É o caso dos que contém nitratos e nitritos. “Embutidos, como salsichas, lingüiças e carne de sol, adoçantes artificiais e produtos diet e light, bem como bebidas à base de cola, café e chá mate não são recomendados, pois podem provocar dores ou piorar esse quadro”, diz.

Em contrapartida, alguns alimentos possuem a capacidade de melhorar o quadro da doença. “Inclusive ajudando a impedir o crescimento do tumor. Entre estes estão repolho, brócolis, couve-de-bruxelas, laranja, dentre outros”, afirma a especialista. Entretanto, ela alerta que nada disso pode ser tomado como uma generalização. “A avaliação é individual e o acompanhamento é permanente e deve ser feito cuidadosamente, pois os organismos são diferentes e as reações, consequentemente, são individuais, embora possam ser bem parecidas”, alerta Rosione. 

Ainda sobre alimentos funcionais (os que colaboram para a saúde do organismo), as nutricionistas destacam os que são ricos em magnésio, como beterraba, abacate, banana, feijão, ervilha, peixes, ovos, dentre outros. “Sem esse nutriente, o corpo fica em desequilíbrio. No caso de pacientes com câncer, uma deficiência em magnésio pode dar margem a inflamações e a dores”, revela Rosione Sobrinho. 

Jacqueline Galvão destaca que, mantendo uma alimentação correta, é possível diminuir os riscos de desenvolvimento de doenças, inclusive o câncer. “Você terá um fator de risco a menos, pois estará evitando a intoxicação do organismo. Por isso, além de equilibrada, quanto mais naturais forem os alimentos, melhor”, finaliza. 

Notícia publicada na página VIDA, de O Estado do Maranhão (quinta-feira, 17/10/2013)

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