Saúde

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Levantamento indica que o Brasil possui cerca de 14,3 milhões de diabéticos

A pesquisa aponta ainda que 29% dos entrevistados não suspeitavam que tinham a doença e a descobriram por meio de exame de rotina.
ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 14/11/2016

SÃO LUÍS - Devido ao aumento do número de casos de Diabetes Mellitus no mundo, em 1991,  a International Diabetes Federation (IDF) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheram o 14 de novembro como dia de prevenção e combate a doença. Nesta data, o Hospital São Domingos traz alguns esclarecimentos sobre a doença. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), no Brasil existem mais de 14,3 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que equivale a 9,4% da população. A pesquisa aponta ainda que 29% dos entrevistados não suspeitavam que tinham a doença e a descobriram por meio de exame de rotina; 66% acreditam que consultas médicas são a melhor forma de controlar a doença. 

Polyana Azevedo, endocrinologista do HSD, explica que a diabetes é uma doença que causa o aumento do nível de açúcar no sangue e que pode ocorrer em qualquer época da vida. Existem dois tipos: o 1 e 2.

Com causa autoimune, a diabetes tipo 1 é mais comum em crianças e jovens. A doença se desenvolve, pois o sistema imunológico destrói as células beta e isso afeta a liberação de insulina para o corpo.  É tratada com insulina, medicamentos, alimentação saudável e atividades físicas. 

"O tipo 2 está mais associado a obesidade, idade avançada, aos maus hábitos  de alimentação e falta de atividade física. É mais hereditário do que o 1, que é de causa autoimune e que tem no fundo um gene que pode aumentar o risco, mas não é tão típico", explica a endocrinologista.  

É tratado com insulina e medicamentos que controlam a glicose. Em alguns casos, planejamento alimentar e atividades físicas podem ser usados para controlar a diabetes. 

Sinais

"No tipo 1, logo no início, a pessoa já tem um quadro clínico. Começa com muita sede, urinando bastante, perda de peso rápida, fraqueza e mal-estar. O tipo 2, na maioria dos casos, é assintomático (não apresenta sintomas). Cerca de 1/3 só descobre através de exames de rotina", afirma a especialista.

Complicações

Segundo a médica, a  diabetes é uma das principais causadoras da doença renal crônica. "As principais complicações são obstruções de vasos, como artéria do coração, o que aumenta o risco de infarto; Acidente Vascular Cerebral (AVC), alterações nos nervos, que faz com que a pessoa não sinta as coisas ( o calor, a dor), dormência, alterações nas artérias do olho, por isso que muitos ficam cegos; alterações dos rins, que leva a hemodiálise". 

Fatores de risco

A obesidade é o principal fator de risco para desenvolver a doença. Também estão sujeitos hipertensos, pessoas com colesterol alto, idosos, pessoas com parentes diabéticos, grávidas que aumentaram  o nível de açúcar durante a gestação e mães de bebês que nasceram com mais de 4kg. 

Prevenção

É indicado a realização de exames periódicos para a verificação da glicemia. Além da adoção de hábitos saudáveis a exemplo de uma boa alimentação, prática de atividades físicas e evitar o consumo excessivo de açúcar.

Escrito por
ESD

Equipe São Domingos

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