O trabalho científico apresentado pela dra. Bruna De Fina, residente da Radiologia Intervencionista Vascular, realizado pela equipe da Radiologia Vascular Intervencionista do Hospital Israelita Albert Einstein, foi eleito no início do mês de julho (2013) o melhor trabalho apresentado no 16.º Congresso da Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular (Sobrice). Como premiação e reconhecimento, a dra. Bruna passará uma semana no Hospital A.Z. St. Blasius, na Bélgica, no serviço de cirurgia endovascular coordenado pelo dr. Marc Bosiers.
No estudo “Quimioembolização transarterial hepática neoadjuvante ambulatorial com microesferas carreadoras em pacientes com hepatocarcinoma”, a dra. Bruna e equipe descrevem os benefícios da técnica em pacientes com determinado tipo de câncer no fígado (hepatocarcinoma). “O estudo avalia se a quimioembolização ambulatorial é factível ou não. Existem apenas dois trabalhos na literatura científica mundial que avaliam essa possibilidade, ambos com uma experiência muito menor que a nossa, nos últimos oito anos, o hospital já realizou cerca de 1.300 procedimentos.”, afirma a dra. Bruna.
A quimioembolização é, basicamente, um procedimento para diminuir ou controlar o crescimento de tumores no fígado. Dessa forma, o paciente se enquadra nos critérios para o transplante hepático ou ressecção cirúrgica que são as alternativas de cura para o hepatocarcinoma. “A quimioembolização obstrui a nutrição do tumor e o quimioterápico é liberado por até 15 dias após o procedimento”, explica o dr. Breno Boueri Affonso, radiologista intervencionista do Einstein.
Vantagens da técnica - Entre as vantagens do procedimento, os especialistas citam a concentração de quimioterápico “aplicada” no tumor (50 a 100 vezes maior do que a quimioterapia aplicada na veia) e a redução dos efeitos colaterais, como náusea e queda de cabelo.
A principal vantagem do tratamento ambulatorial é a redução no tempo de permanência do paciente no hospital. “Desenvolvemos no Einstein um protocolo de atendimento que libera o paciente após seis horas do procedimento. Desta maneira o paciente não precisa ficar internado, trazendo mais conforto para o paciente e ao mesmo tempo diminuindo os custos hospitalares”, diz a dra. Bruna.
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein