Infectologia

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Saiba quem deve se vacinar contra o sarampo; infectologista orienta

O infectologista do Hospital São Domingos Dr. Eudes Simões destaca o fácil e rápido contágio da doença e a preocupação com um surto no País
ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 05/09/2019

Uma pessoa infectada com o vírus do sarampo pode contaminar de 12 a 18 pessoas. Esse fácil e rápido contágio, que ocorre por via aérea, faz o vírus ser capaz de provocar surtos e epidemias preocupantes. O Brasil vive hoje um surto da doença. São Paulo é o estado mais acometido, com quase 3 mil casos da doença e registro de óbitos secundário a ela. No Maranhão, já foram registrados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), dois casos da doença, um no interior do estado e um na Ilha de São Luís. A causa disso é a baixa adesão à vacinação.

 O infectologista e coordenador do Serviço de Controle da Infecção Hospitalar do Hospital São Domingos, Dr. Eudes Simões, destaca que o sarampo é uma doença potencialmente grave, mas de fácil prevenção. “O que nos preocupa é que o sarampo é uma doença com transmissibilidade muito intensa, pelo ar. Mas, em contrapartida, pode ser prevenida com a vacina. Esta é a única forma de evitarmos o surgimento de novos casos e a ocorrência de uma grande epidemia no País”, complementa Dr. Eudes Simões.

Sintomas

A pessoa com sarampo apresenta sintomas que, no início, se parecem com os da gripe, como tosse, irritação nos olhos e coriza, por isso é importante estar atento aos sinais. Depois de quatro a seis dias com estes sintomas, a pessoa começa a apresentar o rash cutâneo, que se caracteriza por vermelhidão, que começa no rosto e pescoço e se dissemina para todo o corpo em um a dois dias”, detalha o infectologista.

“Nessa fase das manifestações cutâneas, chamada de fase toxêmica, todos os sintomas se intensificam, ou seja, a pessoa passa a ter mais tosse, coriza e conjuntivite. Tudo isso pode levar a variadas complicações, entre as mais comuns estão a pneumonia, hepatite e a encefalite”, explica Dr. Eudes Simões.

O infectologista reforça que o sarampo é uma doença grave completamente imunoprevenível. “A prevenção contra o sarampo é feita com a vacinação, acessível em todas as Unidades Básicas de Saúde. Nossa recomendação é que todos olhem suas carteiras de vacinação para conferir se estão imunizados contra o sarampo, seguindo o esquema estabelecido pelo Ministério da Saúde”, afirma.  (ver quadro abaixo).

Segurança

Uma das dúvidas mais comuns entre a população, segundo o médico, é quanto ao fato de já ter tido a doença e a necessidade de vacinação. “Para que a gente possa saber se a pessoa teve realmente a doença, precisa haver a comprovação com uma sorologia. Se ela não tem como comprovar, o mais seguro é se vacinar. É essencial ter o comprovante de imunidade e estar seguro contra a doença”, alerta o médico.

A maior quantidade de casos de sarampo registrados no país, atualmente, ocorre em São Paulo. “Ambos os casos da doença registrada no Maranhão vieram de São Paulo. Estimativas mostram que, durante um voo de São Paulo para São Luís, por exemplo, que dura entre 3 e 4 horas, 100 pessoas possam ser contaminadas pelo vírus, caso haja um doente. Isso demonstra o quanto o vírus tem rápida transmissão e a necessidade de nos prevenirmos, se vacinando”, conclui Dr. Eudes Simões.

QUEM DEVE SE VACINAR CONTRA O SARAMPO, SEGUNDO O MINISTÉRIO DA SAÚDE

Dose zero: Crianças de 6 meses a 1 ano de idade

Primeira dose: Aos 12 meses de idade

Segunda dose: Aos 15 meses de idade

Pessoas de 1 ano a 29 anos – precisam ter duas doses registradas na carteira. Se tiver só uma, precisa fazer o reforço

Pessoas de 30 a 49 anos  - precisam ter uma dose na carteira.

Profissionais de saúde - precisam ter duas doses contra sarampo registradas na carteira, independentemente da idade

Pessoas acima de 50 anos – não precisam se vacinar, pois certamente já foram expostas ao vírus

CONTRAINDICAÇÕES (Não devem tomar a vacina)

- Gestantes

- Indivíduos imunocomprometidos (portadores de câncer, transplantados, em uso de drogas imunossupressoras)

- Pessoas que já tiveram alergia grave a esta vacina anteriormente

VACINAS CONSIDERADAS VÁLIDAS

Dupla viral (sarampo e rubéola)

Tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba)

Tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela)

SINTOMAS DO SARAMPO

- Tosse

- Irritação nos olhos

- Coriza

- Depois de quatro a seis dias, surge vermelhidão na pele, que começa no rosto e pescoço e se dissemina para todo o corpo

Escrito por
ESD

Equipe São Domingos

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