Oncologia

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Impactos físicos e psicológicos do câncer de mama são tema de palestra no HSD

A conversa integrou a programação interna da Campanha Outubro Rosa 2017. O evento atraiu muitas colaboradoras.
ESD
Equipe São Domingos - Equipe São Domingos Atualizado em 26/10/2017

SÃO LUÍS - Os impactos físicos e psicológicos do câncer de mama foram um dos pontos principais da palestra proferida pela médica  radiologista especialista em mamas do Hospital São Domingos, Laís Bastos Pessanha, a colaboradoras do HSD, na quarta-feira (25), no Centro de Estudos. A conversa integrou a programação interna da Campanha Outubro Rosa 2017.  O evento atraiu muitas colaboradoras.

Segundo a médica, a doença tende a afetar a autoestima, a imagem pessoal e a percepção da sexualidade, o que acaba também afetando as pessoas que a rodeiam, como o marido, o parceiro. 

“A mulher sofre um impacto ao se olhar no espelho e ver que foi submetida ao procedimento da mastectomia e essa percepção acaba atingindo também o marido, o parceiro, por isso, é cada vez maior a nossa preocupação em alertamos para a importância dos cuidados para o diagnóstico precoce, pois o tratamento de um tumor na fase inicial aumenta em 95% as chances de cura. O diagnóstico precoce leva a um tratamento simples, eficaz e sem dano físico”, afirmou Dra. Lais Pessanha.

Ela informou ainda que, apesar das muitas campanhas de orientações alertando para a importância do diagnóstico precoce com os exames de imagem, é cada vez mais crescente o número de casos de câncer de mama no Brasil. “Dados do INCA mostram, mais uma vez, que o câncer de mama é o que mais acomete as mulheres. Estima-se que existam 56,2 casos para cada 100 mulheres. É um número ainda alto e o câncer de mama é um problema de saúde pública em todo o Brasil”, alertou a médica.

Quanto à prevalência etária, a doença acomete mais mulheres de 40 a 69 anos. As demais faixas são 25 e 39 anos e dos 70 a mais de 80 anos. “Uma pesquisa revelou que uma a cada 10 mulheres que viver por mais de 75 anos, vai desenvolver o câncer de mama. Isso é importante, uma vez que a expectativa de vida no Brasil tem aumentado muito. Antes, a mulher morria aos 50 e 60 anos, atualmente, vivem até os 80 anos, em média. Então,  o envelhecimento está atrelado ao câncer de mama e isso demonstra ainda mais a importância do diagnóstico precoce da doença para diminuirmos essa incidência e garantirmos maior qualidade de vida às pessoas”, completou Dra. Lais Pessanha.  

De acordo com a médica radiologista, o diagnóstico precoce tem como grandes aliados os exames de imagem, pois permitem a descoberta de tumores bem pequenos (menores de 1cm) em mulheres que ainda não conseguem encontrá-lo no autoexame ou no exame clínico das mamas. 

“A detecção precoce é baseada no conceito de que quanto mais cedo o câncer é detectado, mais eficaz é o tratamento. As campanhas de rastreamento, que está diretamente associado ao diagnóstico precoce, visam iniciarmos os exames de imagem naquela faixa etária de pacientes  em que foi visto que existe maior incidência do câncer de mama. No caso, na faixa dos 40 anos, por isso preconizamos essa idade para início da realização dos exames de rastreamento”, explicou.  

Exames   

A médica falou ainda às colaboradoras dos exames necessários para detecção precoce do câncer de mama: autoexame pela mulher, exame clínico pelo médico, mamografia, ultrassonografia mamária, ultrassonografia mamária e outros. E alertou para o fato de que o ideal é detectar a doença ainda em estágio menor do que 1 cm, pois isso aumenta as chances de cura.         

Ela lembrou também que o Hospital São Domingos tem em sua equipe, profissionais  altamente especializados, inclusive com uma equipe voltada somente para o diagnóstico precoce do câncer de mama, com mastologistas e radiologistas e outros profissionais experientes que atuam de forma multidisciplinar para maior segurança da paciente.    

“Além das partes clínica e radiológica, dispomos  de uma grande variedade de  métodos de imagem dos mais sofisticados que existem atualmente no mercado, como a Mamografia com Tomossíntese, exame de imagem que é agregado à mamografia e aumenta a sensibilidade de detecção do câncer de mama, além da ressonância magnética, ultrassonografia mamária e vários procedimentos que completam o rastreamento  em qualquer alteração que porventura venha a ser detectado em algum desses exames, como biópsia por agulha grossa, biópsia por agulha fina,  marcação pré-cirúrgica com utilização de radiofármacos juntamente com a Medicina Nuclear”, detalha Laís Pessanha.       

“Nosso objetivo maior é minimizar todos os efeitos físicos e psicológicos que o câncer de mama provoca nas mulheres, mas para isso, precisamos que as mulheres também façam a sua parte, se auto examinem, consultem o médico especialista regularmente e façam os exames solicitados pelo médico. Assim, juntos, podemos lutar contra essa doença”, concluiu Lais Pessanha.

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