A fibromialgia, doença musculoesquelética, caracterizada por dor crônica e em múltiplas áreas do corpo, já acomete 5% da população mundial e 2,5% na população brasileira. A incidência é predominante em mulheres, na faixa etária de 20 a 50 anos, em uma proporção de sete mulheres para cada homem, mas pode acometer pessoas de qualquer idade ou gênero.
Entre os sintomas estão fortes dores por todo o corpo durante muito tempo, sensibilidade nas articulações, nos músculos e nos tendões, ocasionando fadiga excessiva, indisposição e diminuição da qualidade do sono. Ao longo do tempo, esses sintomas transformam-se em uma “bola de neve” e interferem na vida social dos pacientes.
De acordo com a reumatologista do Hospital São Domingos, Dra. Raquel Rocha, a fibromialgia não tem cura, mas pode ser controlada com procedimentos multidisciplinares.
A doença não é diagnosticada por exame e sim pelos sintomas apresentados pelo paciente.
“Não existe um exame de laboratório ou de imagem que ateste a fibromialgia. O diagnóstico é feito por critérios estabelecidos pela Sociedade Brasileira de Reumatologia e Clínica da Dor e do Colégio Americano de Reumatologia e outras instituições científicas que estudam a doença. O tratamento para a fibromialgia vai além do farmacológico. Existe a psicoterapia e atividades físicas que ajudam no controle da dor. A medicina alternativa também é importante aliada. A acupuntura, prática chinesa que atua nos feixes de dor, oferece grande alívio para os pacientes”, explica a Dra. Raquel Rocha.
“O tratamento tem um arsenal extenso. Além de medicação para dor e que aja a nível do sistema nervoso central, que é onde está o desfecho do erro, a condução da dor, existe psicoterapia para que se faça a modificação no sistema de relação com o emocional, pois muitos desses pacientes têm sintomas de depressão e ansiedade que amplificam a dor. Atividade física e orientações de educação para o paciente também estão na lista do controle”, completa a médica.
A pessoa acometida por fibromialgia sente dor com maior incidência na região da coluna cervical, coluna torácica, cotovelos, nádegas, bacia e joelhos. Confirmado o diagnóstico, é necessário se adotar medidas preventivas de controle da doença para que não atinja altos padrões de gravidade e acabe impedindo as atividades rotineiras ou prostração da pessoa. A reumatologista afirma que não existe um fator infeccioso ou ambiental que cause a fibromialgia. Estudos demonstram que a principal causa é genética.
Reumatologia HSD
O Hospital São Domingos possui uma equipe multidisciplinar, com excelentes profissionais especialistas em Reumatologia e Medicina da Dor para o tratamento da fibromialgia, além de oferecer orientações para os pacientes de outras formas de tratamento, como a fisioterapia, acupuntura, o pilates e o fortalecimento muscular são grandes aliados para o controle da doença, porém é preciso também ficar atento à alimentação e hábitos saudáveis. Essas atitudes farão uma grande diferença no dia a dia do paciente.
Sintomas-gatilhos que precisam ser avaliados pelo reumatologista:
Dor crônica que se irradia para outras partes do corpo
Fadiga
Sono não reparador
Indisposição
Transtorno emocional (depressão, ansiedade)
Síndrome do colon irritado